A precisar urgentemente de mais um concerto de Dark Tranquillity!
Dark Tranquillity
Focus Shift
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
domingo, 24 de janeiro de 2010
Beijing - De Tian An Men ao KFC Mais Próximo
Estou de volta a Tianjin, com muita pena minha, devo acrescentar.
Passei três dias maravilhosos em Beijing. Ora cá vou eu debitar estas mini-férias.
A Liebend fez-se acompanhar por mais três meninas que adora (a Bá, infelizmente, não veio connosco). Ao contrário de Tianjin, o trânsito não é caótico e quase não se ouve a buzina de um carro. Só por isto, já ganhou 10 pontos! No entanto, a cidade é muito fria... e quando digo que é muito, não estou a exagerar. Isto porque, meus caros, quando estão 0 ºC em Tianjin, está quente! Beijing estava abaixo de 0 e com vento. Corta, literalmente.
Ainda assim, isso não nos impediu de todos os dias sair de casa às 8:30 e visitar alguns dos monumentos da cidade.
Tian An Men era passagem obrigatória, até porque a estação de metro mais próxima de nós era ali ao lado. Mao dava-nos os bons-dias todas as manhãs, sem perder a pose, claro está.
Na primeira manhã seguimos direitinhas à Cidade Proibida. Esta foi a casa de 24 dos imperadores chineses e é magnífica. O local é mágico, acreditem. Decidimos que vamos voltar na Primavera para o podermos ver ainda melhor, sem frio e com flores. Estivemos mais de duas horas lá dentro e não conseguimos ver tudo. Afinal de contas, existem 9999 divisões, embora uma parte esteja vedada ao público. Vou aqui deixar algumas fotos e videos do local para que possam apreciar.
Após entrar
Conseguem ouvir o vento?Estas árvores ficaram famosas após um casal imperial ser pintado debaixo delas. Representam o amor fiel. Talvez um dia eu volte a tirar outra fotografia, bem acompanhada.
Logo após sairmos da Cidade Proibida, demos um salto ao Parque Jingshan, onde apreciámos a Cidade Proibida do alto do monte e congelámos um pouquinho mais. Esta colina foi erguida a partir da terra escavada do fosso do palácio e o seu objectivo era proteger a Cidade Proibida das influências do mal, vindas do Norte.
Por fim, entrámos no Parque de Beihai onde visitámos a Dagoba Branca com 36 metros de altura construída em honra do 5º Dalai-lama. Aqui tocámos três vezes num sino. Segundo o que ficámos a saber, se o fizéssemos, ficávamos livres de todo o mal o resto do ano. Ah! Eu cá já estou livre, este filme comprova-o!
Nessa noite, após descansarmos um pouco no hostel, visitámos a famosa Wangfujing Dajie, onde encontrámos a Livraria de Línguas Estrangeiras de Beijing. Cheira-me, senhora Enfermeira e senhor Professor, que o vosso pesadelo do compra livro aqui, compra livro ali vai recomeçar sem que possam fazer muito sobre isso. Três andares de puro deleite para alguém que sofre do mesmo problema que eu: leitura compulsiva. Aqui há um pequeno mercado nocturno, cheio de iguarias em forma de espetadas. Alguém quer cobra frita?
No segundo dia, não conseguimos visitar todos os monumentos que queríamos mas é realmente dificil visto que os três que vistámos demoram algum tempo a ser vistos e, já que Beijing está a meia hora de Tianjin no comboio rápido, não há porque fazer as coisas com pressa.
O primeiro a ser visitado foi o Templo do Céu. Dentro de um enorme jardim, supostamente público mas, para o qual se pagam 50 cêntimos para entrar. Antes de entrar no Templo, encontrámos este grupo que cantava e encantava. Cantavam em chinês mas vi dois ou três estrangeiros lá no meio. Que vos parece?
O Templo do Céu é um dos maiores de toda a China e um local cheio de simbolismo. Era aqui que o imperador (Filho do Céu) rezava e oferecia sacrifícios aos céus. Conta com exposições em vários edifícios. Instrumentos, plantas originais do Templo, miniaturas fieis construção, fotografias de diplomatas, presidentes estrangeiros e de Mao. É mais um local a revisitar.
Depois de almoçar num restaurante chinês (são raros de encontrar por estas bandas) ali perto, apanhámos o metro para o Templo dos Lamas. Meus amigos, acho que nunca tinha estado num lugar na China que cheirasse tão bem. Antes de entrarmos já sentíamos o cheiro do incenso a queimar. Este templo conta com cinco salões principais e, no último, encontra-se uma estátua de Matreia com 17 metros de altura, esculpida num único bloco de sândalo. É impressionante. Tanto eu como a Catarina estávamos arrepiadas a olhar para ela. Não era possível fotografá-la mas eu filmei o edifício por fora, também ele grande demais para caber numa só fotografia.
O último monumento que visitámos foi o Templo de Confúcio. Depois do templo de Qufu, este é o maior. Apesar de Beijing ser uma cidade enorme, dentro do Templo não se ouvem os sons vindos lá de fora. É um local calmo e bonito, com exposições sobre a mais conhecida filosofia chinesa. Encontrámos, no entanto, um erro que, penso, o próprio Confúcio deve condenar. Num mapa que mostra todos os Institutos Confúcio do Mundo, surge, em Lisboa, o Instituto Confúcio da Universidade do Minho. Eu não sei se andei enganada durante três anos, mas acho que foi em Braga que estudei. Acho...
Ainda estava planeado visitarmos as Cinco Torres mas o horário de encerramento dos monumentos no Inverno é às 16:30, pelo que se tornou impossível. Fica para a visita de Primavera, para visitar tudo o mais que há em Beijing e que não conseguimos ver nestes três dias.
No último dia, de manhã, fomos ver o o Parque Olímpico. Lá ainda era Natal pois espalhavam-se imensas árvores de Natal pelo recinto.
Durante a tarde, depois de almoço, separei-me do grupo. Tive direito a uma visita guiada privada a um mercado tradicional. Cheguei a Tianjin com um saco de doces chineses comprados aqui. Vi também umas espetadinhas de escorpião e de uns bichinhos muito parecidos com baratas, estrelas do mar e por aí além. Tenho de ganhar coragem, tenho de ganhar coragem!
Por fim, este não é um monumento mas é um local pelo qual temos um carinho especial. O KFC. Porquê? Porque o balde de frango, as batatas fritas, pão quentinho e o milho fazem-nos recordar o franguinho assado de Portugal.
Liebend
A Liebend fez-se acompanhar por mais três meninas que adora (a Bá, infelizmente, não veio connosco). Ao contrário de Tianjin, o trânsito não é caótico e quase não se ouve a buzina de um carro. Só por isto, já ganhou 10 pontos! No entanto, a cidade é muito fria... e quando digo que é muito, não estou a exagerar. Isto porque, meus caros, quando estão 0 ºC em Tianjin, está quente! Beijing estava abaixo de 0 e com vento. Corta, literalmente.
Ainda assim, isso não nos impediu de todos os dias sair de casa às 8:30 e visitar alguns dos monumentos da cidade.
Tian An Men era passagem obrigatória, até porque a estação de metro mais próxima de nós era ali ao lado. Mao dava-nos os bons-dias todas as manhãs, sem perder a pose, claro está.
Na primeira manhã seguimos direitinhas à Cidade Proibida. Esta foi a casa de 24 dos imperadores chineses e é magnífica. O local é mágico, acreditem. Decidimos que vamos voltar na Primavera para o podermos ver ainda melhor, sem frio e com flores. Estivemos mais de duas horas lá dentro e não conseguimos ver tudo. Afinal de contas, existem 9999 divisões, embora uma parte esteja vedada ao público. Vou aqui deixar algumas fotos e videos do local para que possam apreciar.
Após entrar
Conseguem ouvir o vento?Estas árvores ficaram famosas após um casal imperial ser pintado debaixo delas. Representam o amor fiel. Talvez um dia eu volte a tirar outra fotografia, bem acompanhada.
Logo após sairmos da Cidade Proibida, demos um salto ao Parque Jingshan, onde apreciámos a Cidade Proibida do alto do monte e congelámos um pouquinho mais. Esta colina foi erguida a partir da terra escavada do fosso do palácio e o seu objectivo era proteger a Cidade Proibida das influências do mal, vindas do Norte.
Por fim, entrámos no Parque de Beihai onde visitámos a Dagoba Branca com 36 metros de altura construída em honra do 5º Dalai-lama. Aqui tocámos três vezes num sino. Segundo o que ficámos a saber, se o fizéssemos, ficávamos livres de todo o mal o resto do ano. Ah! Eu cá já estou livre, este filme comprova-o!
Nessa noite, após descansarmos um pouco no hostel, visitámos a famosa Wangfujing Dajie, onde encontrámos a Livraria de Línguas Estrangeiras de Beijing. Cheira-me, senhora Enfermeira e senhor Professor, que o vosso pesadelo do compra livro aqui, compra livro ali vai recomeçar sem que possam fazer muito sobre isso. Três andares de puro deleite para alguém que sofre do mesmo problema que eu: leitura compulsiva. Aqui há um pequeno mercado nocturno, cheio de iguarias em forma de espetadas. Alguém quer cobra frita?
No segundo dia, não conseguimos visitar todos os monumentos que queríamos mas é realmente dificil visto que os três que vistámos demoram algum tempo a ser vistos e, já que Beijing está a meia hora de Tianjin no comboio rápido, não há porque fazer as coisas com pressa.
O primeiro a ser visitado foi o Templo do Céu. Dentro de um enorme jardim, supostamente público mas, para o qual se pagam 50 cêntimos para entrar. Antes de entrar no Templo, encontrámos este grupo que cantava e encantava. Cantavam em chinês mas vi dois ou três estrangeiros lá no meio. Que vos parece?
O Templo do Céu é um dos maiores de toda a China e um local cheio de simbolismo. Era aqui que o imperador (Filho do Céu) rezava e oferecia sacrifícios aos céus. Conta com exposições em vários edifícios. Instrumentos, plantas originais do Templo, miniaturas fieis construção, fotografias de diplomatas, presidentes estrangeiros e de Mao. É mais um local a revisitar.
Depois de almoçar num restaurante chinês (são raros de encontrar por estas bandas) ali perto, apanhámos o metro para o Templo dos Lamas. Meus amigos, acho que nunca tinha estado num lugar na China que cheirasse tão bem. Antes de entrarmos já sentíamos o cheiro do incenso a queimar. Este templo conta com cinco salões principais e, no último, encontra-se uma estátua de Matreia com 17 metros de altura, esculpida num único bloco de sândalo. É impressionante. Tanto eu como a Catarina estávamos arrepiadas a olhar para ela. Não era possível fotografá-la mas eu filmei o edifício por fora, também ele grande demais para caber numa só fotografia.
O último monumento que visitámos foi o Templo de Confúcio. Depois do templo de Qufu, este é o maior. Apesar de Beijing ser uma cidade enorme, dentro do Templo não se ouvem os sons vindos lá de fora. É um local calmo e bonito, com exposições sobre a mais conhecida filosofia chinesa. Encontrámos, no entanto, um erro que, penso, o próprio Confúcio deve condenar. Num mapa que mostra todos os Institutos Confúcio do Mundo, surge, em Lisboa, o Instituto Confúcio da Universidade do Minho. Eu não sei se andei enganada durante três anos, mas acho que foi em Braga que estudei. Acho...
Ainda estava planeado visitarmos as Cinco Torres mas o horário de encerramento dos monumentos no Inverno é às 16:30, pelo que se tornou impossível. Fica para a visita de Primavera, para visitar tudo o mais que há em Beijing e que não conseguimos ver nestes três dias.
No último dia, de manhã, fomos ver o o Parque Olímpico. Lá ainda era Natal pois espalhavam-se imensas árvores de Natal pelo recinto.
Durante a tarde, depois de almoço, separei-me do grupo. Tive direito a uma visita guiada privada a um mercado tradicional. Cheguei a Tianjin com um saco de doces chineses comprados aqui. Vi também umas espetadinhas de escorpião e de uns bichinhos muito parecidos com baratas, estrelas do mar e por aí além. Tenho de ganhar coragem, tenho de ganhar coragem!
Por fim, este não é um monumento mas é um local pelo qual temos um carinho especial. O KFC. Porquê? Porque o balde de frango, as batatas fritas, pão quentinho e o milho fazem-nos recordar o franguinho assado de Portugal.
Liebend
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
sábado, 16 de janeiro de 2010
Natal, Ano Novo e Siso na China
Olá.
Bem sei que há já bastante tempo que não venho brindar-vos com notícias minhas mas andei meio ocupada, por incrível que possa parecer.
Espero que o Natal tenha sido maravilhoso, como deve ser, e que tenham entrado em 2010 com o pé direito!
Ora cá vai disto...
Este foi o meu primeiro Natal longe da família. E que frio que foi, não só pela temperatura (houve dias de -15Cº em Tianjin) mas pela falta daqueles que amo e que estão longe. Na minha casa, desde miúda, o Natal foi sempre uma festa de família. Era a festa mais importante para a minha Avó e a sua alegria durante esses dias era de tal forma contagiante que mesmo após a sua partida a tradição manteve-se. Infelizmente, na China o Natal não é comemorado... ou melhor, até é, mas de uma maneira muito diferente da nossa. Ainda assim, nós, Portugueses, estávamos decididos a não deixar passar esta data em branco.
O meu dia 24 começou às 8 da manhã com teste, continuou às 10 da manhã com um segundo teste. Depois? Depois foi correr para o dormitório, local tão sossegado até ao dia em que cinco portuguesas se juntaram à volta de uma placa e de um microondas para cozinhar doces ao som de canções de Natal ( A Rosinha era a DJ e Camera Girl de serviço). Aqui era impossível fazer bacalhau com batatas. Porquê? Ora, porque nem se vê à venda bacalhau e o azeite, por exemplo, é caro como tudo. Por isso, decidimos fazer aletria, leite creme, bolo de chocolate e fatias douradas, ou rabanadas ( sou a única pessoa do sul neste curso mas já adoptei alguns costumes do norte). O aroma dos cozinhados fez-nos lacrimejar de saudade. Eu fiquei responsável por fritar as rabanadas. A placa aquece muito depressa, por isso foram necessárias três de nós para fazer com que as fatias douradas saíssem direitas: A Catarina passava-as por leite e ovo, eu fritava e gritava PRATO e a Piri passava-as por canela e açúcar.
Como já era de esperar, ficaram deliciosas!Assim que terminámos de fazer os doces, corremos a prepararmo-nos para a Consoada. Com muita pena nossa, tivemos de comer comida chinesa, mas que se podia fazer? O ambiente valeu pela falta das famílias e ausência dos pratos do nosso País. Quero desde já dizer aqui que só o facto de ter as minhas quatro meninas do coração ao meu lado, fez-me sorrir! No fim do jantar, a Professora Raquel deixou-nos usar o apartamento dela para apreciarmos os doces e o chouriço de Melgaço que o Alberto nos trouxe, abrirmos as prendas...O André provou as Fatias Douradas ou Rabanadas (escolham!):
Foi então que o mais sinistro aconteceu. Depois da meia-noite, decidimos arranjar uma sala de Karaoke para podermos estar todos juntos (visto que uns estudam em Nankai e outros na ULET). E arranjar taxi? E quando chegámos à Binjiang Dao? O caos! O Natal é o Caos na China. A primeira coisa que fui capaz de dizer foi: Eles estão um pouco confusos, não? Isto porque, no Natal, os Chineses saem à rua... com máscaras... Sim, não estou a brincar. Com máscaras!
As salas de Karaoke estavam cheias e não dava para irmos para lá. E agora, aí vem outra revelação: eu sempre disse que não queria passar Natal nenhum numa discoteca. Pois, meus amigos, foi a minha primeira vez. Não havia outra forma de estarmos todos juntos e quando ainda pensei ir para casa, a Rosa fez-me acordar com a seguinte frase: Ir para casa, meter-me na cama e chorar porque não posso estar com a minha família? Não quero ter um Natal assim. Nem eu queria. Então, rumámos ao Scarlet. Eu, a Rosa e o André ficámos no Scarlet até ele fechar e o KFC abrir ( 6:00 a.m.), tomámos um pequeno almoço de hamburgers. Às 7 horas eu e a Rosa apanhámos um táxi de regresso à ULET e às 8 da manhã, meia-noite de Portugal, abri os presentes que recebi dos papás em frente à câmara, a olhar e ouvir a minha família. Que alegria foi, apesar de desejar mais do que as imagens que o meu computador me mostrava.
No dia 25 juntámo-nos no 303 (leia-se o meu quarto e da Piri) para comer mais chouriço, presunto, tostas com manteiga e queijo (obrigada, Enfermeira), beber vinho do Porto, até à hora de jantar. O nosso jantar de Natal foi pizza... pizza, coca-cola e o filme do Sozinho em casa. Depois? Lá fomos nós para o Mayflower.
No Ano novo dividimo-nos. Eu, a Rosa, a Catarina e a Piri passámo-lo no Scarlet. À meia noite da China, A Enfermeira e o Professor ligaram-me e eu senti o calor vindo da lareira deles incendiar o meu coração. Que saudades!
Enfim, agora estamos de férias. Vamos viajar nas próximas semanas e quando voltar vou ter muito mais novidades a contar.
Resta-me dizer que já tive mais uma experiência mirabolante na China: arranquei um dente do Siso. Vão ficar chocados se vos disser que paguei 80 cêntimos pela consulta, 2,50€ por um raio-x e 40 euros pela extracção e medicação.
Até eu voltar a dar notícias, divirtam-se!
Liebend
Bem sei que há já bastante tempo que não venho brindar-vos com notícias minhas mas andei meio ocupada, por incrível que possa parecer.
Espero que o Natal tenha sido maravilhoso, como deve ser, e que tenham entrado em 2010 com o pé direito!
Ora cá vai disto...
Este foi o meu primeiro Natal longe da família. E que frio que foi, não só pela temperatura (houve dias de -15Cº em Tianjin) mas pela falta daqueles que amo e que estão longe. Na minha casa, desde miúda, o Natal foi sempre uma festa de família. Era a festa mais importante para a minha Avó e a sua alegria durante esses dias era de tal forma contagiante que mesmo após a sua partida a tradição manteve-se. Infelizmente, na China o Natal não é comemorado... ou melhor, até é, mas de uma maneira muito diferente da nossa. Ainda assim, nós, Portugueses, estávamos decididos a não deixar passar esta data em branco.
O meu dia 24 começou às 8 da manhã com teste, continuou às 10 da manhã com um segundo teste. Depois? Depois foi correr para o dormitório, local tão sossegado até ao dia em que cinco portuguesas se juntaram à volta de uma placa e de um microondas para cozinhar doces ao som de canções de Natal ( A Rosinha era a DJ e Camera Girl de serviço). Aqui era impossível fazer bacalhau com batatas. Porquê? Ora, porque nem se vê à venda bacalhau e o azeite, por exemplo, é caro como tudo. Por isso, decidimos fazer aletria, leite creme, bolo de chocolate e fatias douradas, ou rabanadas ( sou a única pessoa do sul neste curso mas já adoptei alguns costumes do norte). O aroma dos cozinhados fez-nos lacrimejar de saudade. Eu fiquei responsável por fritar as rabanadas. A placa aquece muito depressa, por isso foram necessárias três de nós para fazer com que as fatias douradas saíssem direitas: A Catarina passava-as por leite e ovo, eu fritava e gritava PRATO e a Piri passava-as por canela e açúcar.
Como já era de esperar, ficaram deliciosas!Assim que terminámos de fazer os doces, corremos a prepararmo-nos para a Consoada. Com muita pena nossa, tivemos de comer comida chinesa, mas que se podia fazer? O ambiente valeu pela falta das famílias e ausência dos pratos do nosso País. Quero desde já dizer aqui que só o facto de ter as minhas quatro meninas do coração ao meu lado, fez-me sorrir! No fim do jantar, a Professora Raquel deixou-nos usar o apartamento dela para apreciarmos os doces e o chouriço de Melgaço que o Alberto nos trouxe, abrirmos as prendas...O André provou as Fatias Douradas ou Rabanadas (escolham!):
Foi então que o mais sinistro aconteceu. Depois da meia-noite, decidimos arranjar uma sala de Karaoke para podermos estar todos juntos (visto que uns estudam em Nankai e outros na ULET). E arranjar taxi? E quando chegámos à Binjiang Dao? O caos! O Natal é o Caos na China. A primeira coisa que fui capaz de dizer foi: Eles estão um pouco confusos, não? Isto porque, no Natal, os Chineses saem à rua... com máscaras... Sim, não estou a brincar. Com máscaras!
As salas de Karaoke estavam cheias e não dava para irmos para lá. E agora, aí vem outra revelação: eu sempre disse que não queria passar Natal nenhum numa discoteca. Pois, meus amigos, foi a minha primeira vez. Não havia outra forma de estarmos todos juntos e quando ainda pensei ir para casa, a Rosa fez-me acordar com a seguinte frase: Ir para casa, meter-me na cama e chorar porque não posso estar com a minha família? Não quero ter um Natal assim. Nem eu queria. Então, rumámos ao Scarlet. Eu, a Rosa e o André ficámos no Scarlet até ele fechar e o KFC abrir ( 6:00 a.m.), tomámos um pequeno almoço de hamburgers. Às 7 horas eu e a Rosa apanhámos um táxi de regresso à ULET e às 8 da manhã, meia-noite de Portugal, abri os presentes que recebi dos papás em frente à câmara, a olhar e ouvir a minha família. Que alegria foi, apesar de desejar mais do que as imagens que o meu computador me mostrava.
No dia 25 juntámo-nos no 303 (leia-se o meu quarto e da Piri) para comer mais chouriço, presunto, tostas com manteiga e queijo (obrigada, Enfermeira), beber vinho do Porto, até à hora de jantar. O nosso jantar de Natal foi pizza... pizza, coca-cola e o filme do Sozinho em casa. Depois? Lá fomos nós para o Mayflower.
No Ano novo dividimo-nos. Eu, a Rosa, a Catarina e a Piri passámo-lo no Scarlet. À meia noite da China, A Enfermeira e o Professor ligaram-me e eu senti o calor vindo da lareira deles incendiar o meu coração. Que saudades!
Enfim, agora estamos de férias. Vamos viajar nas próximas semanas e quando voltar vou ter muito mais novidades a contar.
Resta-me dizer que já tive mais uma experiência mirabolante na China: arranquei um dente do Siso. Vão ficar chocados se vos disser que paguei 80 cêntimos pela consulta, 2,50€ por um raio-x e 40 euros pela extracção e medicação.
Até eu voltar a dar notícias, divirtam-se!
Liebend
Subscrever:
Mensagens (Atom)